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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reflectindo com S. João

7º DIA DE NATAL


Meus filhos,
esta é a última hora.
Ouvistes dizer que há-de vir o Anticristo.
Pois bem, surgiram já muitos anticristos
e por isso sabemos que é a última hora.
Eles saíram do meio de nós,
mas não eram dos nossos.
Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco.
Assim sucedeu para ficar bem claro
que nem todos eram dos nossos.
Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo
e todos possuís a ciência.
Não vos escrevo por ignorardes a verdade,
mas porque a conheceis
e porque nenhuma mentira provém da verdade.
(1 Jo 2, 18-21)

Senhor, sabes como tenho andado ultimamente,
o que tenho sentido
o que tenho vivido
sabes as desilusões que tenho tido;
conheces a hipocrisia que tenho presenciado
e as palavras que tenho calado
para não espalhar conflitos e confusões;
mas conheces-me bem demais,
sabes que não consigo aceitar a maldade
a inveja e o fingimento sem falar
sem expressar na alma o que sinto
e dizê-lo ao menos com o olhar.
Sabes como é difícil calar
Tu nunca te calaste...

Sei o que tenho de fazer
para cumprir a Tua vontade
e a Lei da Tua Igreja:
amar sem medida nem juízos
amar sem me importar com comportamentos
ou opiniões contrárias
ao que vieste ensinar há dois mil anos
amar a todos e a qulquer um.
Mas amar não é difícil, difícil é calar...

Ajuda-me, Senhor,
a ser o que queres que eu seja.
Que neste novo ano
eu me converta ao Teu amor supremo,
que siga o exemplo da Tua docilidade,
que seja forte na fé,
que saiba dar o exemplo de vida cristã,
que saiba cumprir os Teus mandamentos,
mas, principalmente,
que tenha sempre presente as palavras
da oração que nos ensinaste:
"Assim como nós perdoamos..."

(Felipa Monteverde)

(Como sabem, no dia 1 e 2 de Janeiro qualquer um faz a reflexão que quiser e se quiser. No dia 3 seguiremos com a Sandra.)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Era noite de Natal - 2


Fugiram para o Egipto
Para o Menino salvar
Das garras desse mau rei
Que O queria matar.


Quando Herodes descobriu
Sentiu grande fúria em si
E mandou matar meninos
Os que havia por ali;
De dois anos para baixo
A todos mandou matar
Em todo o lado se ouvia
Tanto gemer e chorar.


Choravam todas as mães
Ao verem os seus filhinhos
Serem mortos à espada
Por soldados tão daninhos.
Sem pena nem piedade
Mataram esses meninos
Todos os que ali havia
Aqueles mais pequeninos.


São José, com o Menino
E Maria, Sua Mãe
Fugindo para o Egipto
Muito sofriam também
Ao saberem da tragédia
Que os anjos lhes contavam
Da morte desses meninos
De tantas mães que choravam.


O Menino era Deus
Nascido para morrer
Às mãos desses vis soldados
Que d’Ele iam escarnecer.
Mataram esses meninos
E depois também mataram
Aquele mesmo Menino
Que entre todos procuravam.


Mataram Jesus na Cruz
No meio de dois ladrões
Mataram o Rei dos reis
Sem terem disso razões.
Mas Ele perdoou ao mundo
O mal que o mundo Lhe fez
Perdoa os nossos pecados
E a nossa malvadez.


Foi Deus que veio ao mundo
Para esse mundo salvar
Sabendo que a cada homem
Muito tinha a perdoar;
Mas morreu por todos eles
Por todos nós padeceu
Por todos crucificado
E depois voltou pro Céu.

(Felipa Monteverde)


(Algumas imagens foram recolhidas pela Net)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Era noite de Natal - 1


Era noite de Natal
São José preocupado
À procura de pousada
Sem a haver em nenhum lado.
Passaram anjos do céu
Mostraram uma lapinha
São José levou Maria
Tanto frio que Ela tinha.
São José procurou lume
Para acender um braseiro
Que a noite estava fria
Naquele velho celeiro.
Quando São José chegou
Com as brasas que trazia
Já o Menino era nado
Estava ao colo de Maria.


São José se ajoelhou
Ao pé do Filho e da Mãe
Ao Deus-Menino beijou
Na lapinha de Belém.
E o Menino sorriu
São José também sorria
Era Deus que vinha à Terra
Nunca tal coisa se vira.
O Menino era Deus
Filho da Virgem Maria
Seu pai era São José
De um modo que não sabia.
A Senhora concebera
Com toda a graça divina
Trouxe um Filho em seu seio
Sem deixar de ser menina.


Vieram anjos do Céu
Adorar o Deus-Menino
São José tudo olhava
Admirado e agradecido.
Maria com o Menino
Em São José confiava
Deus lhes deu esse destino
Que ninguém ali esperava.


Vieram os pastorinhos
(Que um anjo os avisara)
Trazer prendas ao Menino
Que a todos abençoava.
Deus nasceu numa lapinha
Pelas terras de Belém
E aconchegado dormia
Ao colo de Sua Mãe.


São José tinha um burrinho
Que agasalhou na lapinha;
E já dentro se encontrava
Uma humilde vaquinha.
Maria pôs o Menino
Na manjedoura a dormir
A vaquinha e o burrinho
Ao pé d’Ele sem bulir.
Só seu bafo se ouvia
Só sua respiração
O Menino-Deus dormia
Cheiinho de gratidão
Por aquele calorzinho
Com que os dois o aqueciam;
A vaquinha e o burrinho
Toda a noite não dormiram.


A velar o Deus-Menino
São José preocupado
Que os anjos avisaram
Que Ele era procurado.


Vieram do Oriente
Três reis a ver o Menino
Junto d’Ele ajoelharam
Porque Ele era divino.
Nunca tal coisa se vira
Numa lapinha tão pobre
Reis prestarem vassalagem
De uma maneira tão nobre.
Presentes lhe ofereceram
Porque era o Rei dos reis
Adoraram o Menino
Do modo que já sabeis.
Herodes já procurava
O Menino, pro matar
Mas um anjo, avisado
A São José foi contar.


São José fugiu dali
Com o Menino e a Mãe
Levou-Os para o Egipto
Para longe de Belém.
O Menino era divino
Já toda a gente sabia
Mas nas terras do Egipto
Ninguém lá os conhecia….

(Felipa Monteverde)
Continua...

sábado, 18 de dezembro de 2010

O exemplo do amor-perfeito

(Imagem da Net)

Um rei foi ao seu jardim e encontrou as árvores, arbustos e flores definhando e morrendo.
O carvalho disse que estava morrendo porque não podia ser alto quanto o pinheiro.
Já o pinheiro murchava porque era incapaz de dar uvas como a parreira.
E a parreira morria porque não podia desabrochar como a roseira.
Então, ele encontrou uma planta florida e viçosa.
Era o amor-perfeito que lhe deu a seguinte explicação:
-Supus que quando me plantou você queria um amor-perfeito. Se quisesse carvalho, pinheiro, parreira ou roseira, você os teria plantado. Então, pensei que como não posso ser ninguém além de mim mesmo, tentarei sê-lo da melhor maneira possível.

(Autor desconhecido)

Reflexão:

Há tanta gente que passa a vida a tentar ser aquilo que não é, e esquecem a sábia mensagem do amor-perfeito:
Ser o melhor, naquilo que é possível.

(Retirado de http://hsp7.blogspot.com/2010/12/estoria-do-amor-perfeito.html)

Uma mensagem de Natal



Eu sei que ainda é cedo, mas a minha amiga Helô fez este belo postal e eu quis partilhá-lo aqui.
Faço minha as palavras da Helô e as desejo a todos que as lerem.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Teu olhar


Jesus, o Teu olhar
É para mim um refúgio
Uma atracção natural
Um aconchego real.

Jesus, o Teu olhar
Liberta-me, solta-me e prende;
Eu olho-Te e me quedo
Presa a Ti, a alma em êxtase…

O Teu olhar, Jesus
É puro, profundo, arrebatador
Penetra em minha alma e enche-a de luz,
Mostra-Me todo o Teu amor.

É um refúgio, Jesus,
O Teu olhar divinal,
O olhar de Quem me ama
E me liberta do mal...

O Teu olhar, ó Jesus,
Deixa a minha alma presa
Nesse amor que irradia,
Mais puro que a luz do dia.

No Teu doce olhar, Jesus,
Que me liberta e me prende,
Vive a minha alma escondida
Nesse refúgio que é vida…

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Eis a Serva do Senhor..."

11º DIA DE CAMINHADA NO ADVENTO
(Imagem da Net)

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José. O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo:
«Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice, este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril, porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra».
(Lc 1, 26-38)

No meio das nossas rotinas, da nossa normalidade, Deus aparece. E faz-nos propostas muito pouco normais. Lança-nos desafios que nos parecem impossíveis. Põe em causa todas as rotinas e hábitos.
Com Maria, aprendemos a acolher Deus no nosso dia-a-dia. Aprendemos a abertura total ao amor com que Deus nos ama. Aprendemos a dizer “sim”.
E, tal como Maria, a nossa vida fica cheia de Cristo.

Senhor, ensina-me a dizer “sim” aos Teus convites.
A não ter medo da Tua Palavra.
A correr o risco de Te dar a minha vida…

(Do livrinho REZAR NO ADVENTO, Edições Salesianas)

Hoje é o dia da Imaculada Conceição.
Não podemos dissociar este título de Nossa Senhora do mistério da vinda de Cristo.
Ela foi preparada, já antes da Sua concepção, para acolher o Senhor Deus, para ser o primeiro sacrário.
Maria é toda Imaculada, n’Ela não havia mácula alguma, ou Jesus não poderia ter nascido: sendo a pureza infinita, Ele nunca poderia ter permanecido no seio de uma mulher manchada pelo pecado, por mínimo que fosse…
Maria é a Mãe de Jesus, Ela viveu o primeiro Advento, Ela sofreu as angústias e incertezas do que iria acontecer…
Ela aceitou a proposta de Deus; se Ela não quisesse aceitar, Deus não a forçaria, pois deu o livre arbítrio a todos os mortais, homens e mulheres.
Mas Ela aceitou. Jovem adolescente, em vias de casar, aceitou uma gravidez inexplicável aos olhos humanos, aos olhos do que viria a ser Seu marido.
Acreditou nas palavras do Anjo, aceitou o convite de Deus.
E nós? Quantas vezes não temos tempo sequer para O ouvir, muito menos para aceitar o que nos propõe…

Que neste Advento possamos ouvir o que Deus nos diz, que aceitemos o Seu convite para deixarmos que Jesus nasça nos nosso corações…

Amanhã seguiremos com a Sandra.

sábado, 4 de dezembro de 2010

«Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus»

Naqueles dias, apareceu João Baptista a pregar no deserto da Judeia, dizendo:
«Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus».
Foi dele que o profeta Isaías falou, ao dizer:
«Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
João tinha uma veste tecida com pêlos de camelo e uma cintura de cabedal à volta dos rins.
O seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre.
Acorria a ele gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região do Jordão; e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Ao ver muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu baptismo, disse-lhes:
«Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Praticai acções que se conformem ao arrependimento que manifestais. Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é o nosso pai’, porque eu vos digo: Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. Por isso, toda a árvore que não dá fruto será cortada e lançada ao fogo.
Eu baptizo-vos com água, para vos levar ao arrependimento. Mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu e não sou digno de levar as suas sandálias.
Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão: há-de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro. Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Mt 3, 1-12

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Prece de entrega

Senhor, hoje trago-Te os meus passos cansados, fatigados da jornada. Tu sabes como eles são, por onde têm andado, por onde têm caminhado nesta peregrinação que é viver.
Trago-Te também, Senhor, as minhas amarguras, as minhas aflições e desventuras. Trago-Te a solidão do meu coração, o vazio dos meus braços, a tristeza dos meus olhos; as penas dolorosas do meu peito, o ardor em que a minha alma arde e sofre por amor; a desilusão de descobrir que os homens não Te amam e blasfemam contra Ti; tudo Te trago, Senhor, e deposito a Teus pés.
E também Te trago, Senhor, muitos pedidos. Pedidos de afecto, de saúde, de bem-estar, de paz, de justiça, de reconciliação e de perdão.
São muitos pedidos, Senhor, tantos como as pessoas que amo em Teu nome: os pobres, os aleijados, os doentes, os reclusos, as crianças, os jovens, as mulheres e raparigas vítimas de abusos e violência, os idosos, as vítimas das guerras e da perseguição religiosa, os oprimidos e os injustiçados.
Atende aos meus pedidos, Senhor, dá a todos e a cada um o que cada um necessitar. Que seja tudo para a honra do Teu nome, para a Tua glória e para a salvação dos homens.
Senhor, e se não abusar da Tua paciência e do Teu amor, permite-me que deponha a Teus pés outras intenções que moram também no meu coração. São elas, Senhor, as mesmas do Santo Padre, Bento XVI, e as da Tua santa Igreja. Peço-Te, Senhor, que veles por elas e que as atendas, se for para bem da humanidade e honra e glória de Deus Pai. Protege o Santo Padre, os sacerdotes, os religiosos e religiosas, os missionários e todos os consagrados.
E permite-me ainda, Senhor, trazer-Te mais uma intenção: os agonizantes e moribundos. Apelo por eles à Tua misericórdia, perdoa-lhes os seus pecados e envia o Teu Anjo a receber as suas almas; que ele as encaminhe para o Reino da Glória.
E peço-Te ainda, Senhor, se me perdoares a insistência, que aceites outra intenção que a Teus pés deponho: as benditas almas do Purgatório, essas irmãs sofredoras que anseiam unir-se aos santos e anjos para Te louvar, honrar e adorar, mas que ainda se encontram no tempo da purificação; peço-Te refrigério e alívio para as suas penas. E não posso deixar de Te apresentar, Senhor, se não Te zangares comigo por ser tão insistente, as almas dos bebés abortados e que vagueiam pelo Universo, presas entre dois mundos que as desconhecem e que elas desconhecem; recebe-as no Teu amor.
E por último, Senhor, e perdoa mais este atrevimento, trago-Te os meus familiares, os próximos e os distantes; e todos os meus amigos, conhecidos e benfeitores. Ajuda-os nas suas aflições e desamparos, protege os seus corpos e as suas almas da doença e do pecado, livra-os da morte eterna, chama-os ao Teu amor.
Eis, Senhor, que tudo Te trago e entrego, tudo deponho a Teus pés. Aceita estas ofertas e as minhas orações, faz-me corresponder ao Teu amor por mim, torna-me Tua escrava, faz-me arder de amor por Ti. Que a minha alma não sossegue sem a Tua presença, que o meu peito não descanse sem o Teu amor, que a minha vida seja toda para Ti. A Ti me dou inteira, Senhor: corpo, alma e espírito; faz de mim um instrumento da Tua Paz e do Teu Amor.
Ámen.

(Felipa Monteverde)